Entenda quais são os tipos de umidade e como solucionar esta patologia

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A umidade é uma patologia muito conhecida pela grande maioria da população. Visto que é um problema muito recorrente e infelizmente está presente em muitas residências dos brasileiros. Esta não conformidade tem características bem marcantes que permitem uma fácil identificação.

Um dos exemplos mais claros é a mudança da coloração de revestimentos tornando-os com uma tonalidade mais escura do que o normal. Apesar da facilidade de identificação da umidade, o combate e solução desta adversidade nem sempre é tão simples. Muitas vezes as soluções são paliativas, proporcionando margem para que o problema apareça novamente.

Podemos classificar as umidades mais comuns em quatro tipos:

Umidade por intempéries

É uma das mais comuns e é caracterizada pela incidência de chuvas que tem um contato direto com alguns elementos da edificação, como: Paredes, telhados, esquadrias e entre outros.

Este tipo de umidade pode ocorrer por problemas ocasionados durante a construção e deterioração dos elementos construtivos. Cita-se caso de telhas quebradas, falta de impermeabilizante e falta de manutenção. Como também há possibilidade de acontecer por erros em projeto, como em casos de erros em inclinação de telhado.

Para podermos solucionarmos estes problemas, é recomendável realizar manutenção em coberturas e telhados. Assim como verificar se há a necessidade de calhas em determinados locais.

As calhas são essenciais para recolher a água proveniente dos telhados e transportar por tubulações, evitando o contato de respingos da chuva em paredes e pisos.

Outra solução interessante que pode ser aplicada, é o uso de hidrofugantes. Principalmente em fachadas e locais externos com muita exposição as chuvas. Este produto garantirá uma vida útil maior do revestimento e evitará a infiltração de água.

Umidade por condensação

A condensação é uma das mudanças do estado físico da água, desta forma é a transformação do estado gasoso para o estado líquido. Este fenômeno ocorre quando o vapor de água encontra uma superfície com temperatura menor, tornando a água líquida novamente e com a possibilidade de se acumular em algum local. A umidade por condensação geralmente ocorre nas áreas molhadas da casa, como: Banheiros, cozinha e lavanderia.

Este tipo de umidade geralmente provoca danos em forros e revestimentos posicionados próximo ao teto; Pode-se gerar mofo e deteriorar forros principalmente formados por gesso e madeira.

As soluções que temos neste caso não apresentam uma grande variabilidade, então basicamente podemos listar duas ações que são bem efetivas e evitarão esta patologia. A primeira é buscar mecanismo de ter uma maior ventilação no ambiente. Seja por uma maior abertura de esquadrias, ou o uso de exaustores que irão retirar o vapor do ambiente. A segunda solução pode ser utilizada aliada a primeira, pois juntas aumentarão as suas efetividades.

Sendo assim é recomendável a utilização de produtos que proporcionem uma proteção impermeável. Tal como: argamassa polimérica e placas de gesso resistentes a água, que são caracterizadas no mercado por ter a coloração verde.

Umidade por capilaridade ascendente

Podemos considerar esta como um dos tipos mais complicados de se lidar. Sua identificação não é tão evidente e grande parte das vezes ocorre por erro durante a fase de execução da obra.

Esta umidade é conhecida por ser transmitida do solo para os elementos de fundação e alvenaria das edificações; por meio dos poros presentes nos blocos, argamassas e concreto.

Isso ocorre por falta de impermeabilização nas fundações, vigas baldrames e alvenaria de embasamento, que são as primeiras fiadas da edificação.

Esta patologia começa a se tornar perceptível quando se inicia algumas anormalidades nos pisos, rodapés e partes inferiores das paredes.

A primeira forma de evitar este tipo de patologia, é executando corretamente a aplicação da impermeabilização nos elementos citados acima.

Desta maneira a chance de a edificação apresentar esta patologia diminui drasticamente. A impermeabilização auxiliará a mitigar qualquer ação danosa que poderá ocorrer proveniente da umidade do solo.

Mas quando há problemas com este tipo de umidade, para realizar um tratamento eficaz é bem complicado e oneroso também.

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A solução mais comum consiste na retirada de revestimentos e reboco, limpeza dessas superfícies e aplicação de uma argamassa polimérica. Esta última evitará o avanço da umidade para o revestimento. Em casos de maior gravidade, a parede pode ser submetida a uma remoção de parte dos tijolos. E ser substituída por materiais com grande propriedade hidrofugante.

Umidade por infiltração

Este tipo de umidade é bem comum em muitas edificações. Pode ser caracterizada por ter a penetração direta de água e a origem de agentes externos, como: Vazamentos de água, lençol freático, vazamentos de esgoto e entre outros. Assim como os outros tipos de umidade, também poderá provocar danos nas paredes, pisos, tetos e lajes. Os danos serão direcionados das regiões dos agentes externos e dependendo da intensidade da infiltração, poderá atingir outros locais da edificação.

Muitas das soluções para este tipo de infiltração é reparar a origem do problema, como por exemplo: conserto de tubulação.

Porém existem casos de maiores complexidades, como o de lençol freático. As intervenções diretas na origem do problema podem não ser o ideal, por conta de custo ou efetividade. Desta maneira é recomendável a aplicação de produtos altamente hidrofugantes, que deverá ser feito por empresas especializadas. Dependendo da situação é realizada a impermeabilização por pressão negativa, que é quando a impermeabilização é aplicada no sentido oposto ao da pressão da água.

Para evitarmos esta umidade, devemos estar atentos as condições das tubulações das nossas edificações.

Aconselha-se também prestar atenção em qualquer vazamento que poderá vir de um imóvel vizinho. Se for o caso tente se comunicar com o vizinho para agir diretamente no vazamento, e evitar maiores danos.

Em casos de lençol freático, pode ser realizado o bombeamento da água, impermeabilização da região e realização de ensaios geotécnicos antes da construção da edificação. Desta forma dará para saber o nível do lençol freático e discutir ações preventivas.

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Henrique Osorio

Formado em Engenharia Civil e Técnico em Desenho de Construção Civil, com atividades executadas na ARSESP e com experiências de projetos e obras executadas por sua empresa a HGO Engenharia. Atualmente tem se dedicado a escrever artigos no seu Blog Redim Engenharia e desenvolver as atividades diárias com a HGO Engenharia.

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